José Botelho, o maior clarinetista brasileiro, abre a temporada de 2025 do MIS RJ!
- 25/02/2025
Terça (25/2), na abertura da temporada dos Depoimentos para a Posteridade de 2025, o maior clarinetista brasileiro, José Cardoso Botelho, eterniza a sua história no Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, equipamento do Governo do Estado do Rio de Janeiro, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Sececrj).
"Quanta honra para nós salvaguardar um depoimento dessa importância para a cultura brasileira. José Botelho é uma referência para a história da clarineta no país, um Mestre que formou gerações de músicos! O testemunho oral do clarinetista vem somar a outros de grande relevância musical erudita em nosso acervo, como de Myrian Dauelsberg, Francisco Mignone, Guerra-Peixe, Isaac Karabtchevsky, Arnaldo Estrella, Camargo Guarnieri, Magdalena Tagliaferro, só para citar alguns, o que muito nos orgulha", afirmou o presidente do MIS RJ, Cesar Miranda Ribeiro.
José Botelho nasceu no Rio de Janeiro, mas se mudou, ainda criança, para a cidade do Porto, em Portugal. Voltou para o Brasil com 21 anos de idade, carregando na bagagem a sua sólida formação no Conservatório de Música do Porto, e a experiência como músico sinfônico da Orquestra Sinfônica do Porto. Mas não só isso, toda a sua proficiência técnica e artística, motivou grandes compositores como Francisco Mignone, Camargo Guarnieri, Guerra-Peixe, José Siqueira, entre outros, a lhe dedicarem suas obras, em caráter inovador. José Botelho foi um marco, um divisor de águas para a história da clarineta no Brasil.
Foi solista da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, assim como o clarinetista principal da Orquestra Sinfônica Brasileira, apresentando-se na Europa, Estados Unidos e América Latina. José Botelho iniciou as primeiras formações de câmara brasileiras a produzir trabalhos profissionais. Com muitos concertos e gravações, tanto como membro de orquestras sinfônicas quanto solista, é tido no Brasil como o “Papa da Clarineta”. Foi professor da Escola de Música Villa-Lobos e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UNIRIO), formando várias gerações de clarinetistas consagrados.
José Botelho terá ao seu lado, como convidados entrevistadores, Randolf Miguel (Maestro, pesquisador e professor), Harold Emert (Oboísta e compositor norte americano-brasileiro(naturalizado), Celso Woltzenlogel (Flautista, professor e Doutor em Educação), Paulo Sérgio Santos (Clarinetista e professor), Zdenek Svab (Trompista e professor), e Paulo Passos (Mestre em Música, clarinetista e saxofonista). A mediação será conduzida pela jornalista do MIS RJ, Márcia Benazzi, na sede da Praça XV, apenas para convidados e familiares, sem a presença do público.
Sobre a série Depoimentos para a Posteridade:
Em 1966, o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, inaugurou o projeto Depoimentos para a Posteridade, inédito programa de história oral criado por Ricardo Cravo Albin para preservar a memória de diversos setores da cultura nacional, tais como a música, o teatro, a literatura, o cinema e as artes plásticas. Atualmente conta com um acervo de mais de mil depoimentos de figuras notáveis. Na música erudita e clássica se destacam: Myrian Dauelsberg, Francisco Mignone, Guerra-Peixe, Guiomar Novaes, Camargo Guarnieri, Helza Camêu, Arnaldo Estrella, Magdalena Tagliaferro, Paulo Moura, Maria Lúcia Godoy, Maria D’Apparecida, Diva Pieranti, Miguel Proença, Bidu Sayão, Paulo Fortes, Cláudio Santoro, Cleofe Person de Mattos, Edino Krieger, Isaac Karabtchevsky, e muitos outros.
Publicado em 24/02/2025 por Márcia Benazzi
SERVIÇO
Gravação do Depoimento para a Posteridade do clarinetista José Botelho
Local: Museu da Imagem e do Som - Praça Luiz Souza Dantas, nº 1, Praça XV
Data: 25 de fevereiro 2025 (terça-feira)
Horário: 14h às 17h, evento sem a presença do público
Contato MIS RJ: gerenciadeproducao@mis.rj.gov.br
