MIS RJ registra testemunho de Carlos Nejar, romancista imortal da ABL, na série Depoimentos para a Posteridade

  • 04/12/2023

MIS RJ registra testemunho de Carlos Nejar, romancista imortal da ABL, na série Depoimentos para a Posteridade

O Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro viveu, nesta segunda-feira (04/12), mais um marco em sua história. O imortal romancista, poeta e acadêmico Carlos Nejar entrou para a lista de personalidades que participaram da série Depoimentos para a Posteridade. Durante cerca de duas horas, o premiado escritor recordou fatos da infância, da carreira como promotor público e procurador de Justiça, e de como o enlace entre as vivências de seus 84 anos resultou em centenas de obras literárias publicadas no Brasil e no exterior.

A gravação aconteceu na sede do MIS RJ, na Praça XV, no Centro. O depoimento, mediado pela jornalista e gerente de produção do MIS RJ, Márcia Benazzi, contou com a presença do presidente do museu, Cesar Miranda Ribeiro, e a participação dos convidados Deonísio da Silva, escritor, doutor em literatura brasileira pela USP e membro brasileiro da Academia das Ciências de Lisboa; Wander Lourenço, professor universitário, pesquisador, escritor e cineasta; e Júlio Lellis, também cineasta.

“Para nós é uma satisfação intermediar esse registro tão importante, de continuidade da coleta de testemunhos orais com a finalidade de salvaguardar o passado e o presente para o futuro, como faz, desde 1966, o projeto Depoimentos para a Posteridade. E presenciar o romancista Carlos Nejar contando a sua própria trajetória é um grande privilégio”, pontuou Cesar Miranda, que fez questão de cumprimentar o poeta por sua belíssima contribuição para a cultura brasileira, bem como por apresentá-la mundo afora.

Durante o depoimento de Carlos Nejar, os amigos e parceiros de vida e trabalho (inclusive de projetos futuros) puderam interagir e despertar a memória do escritor para momentos inesquecíveis de sua história, alguns minuciosamente descritos. O conteúdo, de propriedade e salvaguardado pelo MIS RJ, estará disponível, em breve, para consulta pública. Os melhores momentos da gravação já podem conferidos nas redes sociais do museu.

Sobre Carlos Nejar

Luís Carlos Verzoni Nejar, o "poeta do pampa brasileiro", é o único gaúcho membro da Academia Brasileira de Letras desde 1989. Nascido em Porto Alegre em 11 de janeiro de 1939, possui mais de cem obras publicadas ao longo dos mais de 60 anos de carreira nacional e internacional. Foi considerado pela revista Literature World Today um dos 10 poetas mais importantes do Brasil e um dos grandes escritores da atualidade pela revista literária americana Quarterly Review of Literature.

Carlos Nejar foi indicado duas vezes ao Nobel de Literatura, em 2017 e 2021. Desde a sua estreia na década de 60, com as publicações de "Sélesis" e "O Livro de Silbion", passando por "Carta aos Loucos", "O Evangelho Segundo o Vento", "Matusalém de Flores", "História da Literatura Brasileira", "Os Viventes", "A República do Pampa", o poeta, ficcionista, tradutor e crítico literário dedicou à vida a literatura.

Sobre a série Depoimentos para a Posteridade

O primeiro a ter vida e obra eternizadas na série Depoimentos para a Posteridade foi o compositor e pandeiristaJoão da Baiana, em 1966. Desde então, importantes nomes da música, do teatro, da literatura, do cinema e das artes plásticas deixaram a sua contribuição para o futuro da cultura brasileira.

Atualmente, o acervo conta com mais de mil e cem depoimentos de figuras notáveis, inclusive de 37 imortais da Academia Brasileira de Letras, como Carlos Heitor Cony, Rachel de Queiroz, Ana Maria Machado, Austregésilo de Athayde, Antônio Houaiss, Ariano Suassuna, Antônio Olinto, Marques Rebelo, Marco Lucchesi, Nélida Piñon, Fernanda Montenegro, Jorge Amado, Afonso Arinos de Melo Franco, Ferreira Gullar, Arnaldo Niskier e muitos outros.

Idealizado pelo escritor, jornalista e historiador Ricardo Cravo Albin, diretor do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro na época, o projeto Depoimentos para a Posteridade tem o intuito de preservar a memória de setores e personalidades a partir dos relatos coletados. A gravação, precedida por uma minuciosa pesquisa sobre a história do entrevistado, conta com roteiro e estrutura do MIS RJ, instituição que se configura como equipamento do Governo do Estado do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SECEC RJ).

Publicado em 4/12/2023 por Fernanda Soares


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