UM PEDACINHO DA ITÁLIA NO CORAÇÃO DA LAPA CARIOCA! EXPOSIÇÃO “HERANÇAS: 150 ANOS DA IMIGRAÇÃO ITALIANA NO BRASIL”!

  • 25/06/2024

UM PEDACINHO DA ITÁLIA NO CORAÇÃO DA LAPA CARIOCA! EXPOSIÇÃO “HERANÇAS: 150 ANOS DA IMIGRAÇÃO ITALIANA NO BRASIL”!

Um pedacinho da Itália no coração da Lapa Carioca! Foi assim, com esse sentimento ítalo-brasileiro, alegre, vibrante e musical que a inauguração da exposição "Heranças: 150 anos da imigração italiana no Brasil", aconteceu ontem(24), no MIS RJ.

Na abertura da cerimônia, dando as boas-vindas para os presentes, autoridades e familiares, o presidente do MIS RJ, Cesar Miranda Ribeiro, destacou a importância dessa homenagem aos primeiros desbravadores italianos que chegaram no século XIX, e lembrou das suas raízes, do seu bisavô Pietro Paolo Marmo, que desembarcou em Vitória, Espírito Santo, vindo de Casalbuono, província de Salerno . Agradeceu as presenças da filha e do neto de Maurício Quadrio, italiano, que foi o primeiro diretor do MIS RJ, em 1965. Em sua fala, muito emocionado, disse - "Este evento transcende o simples ato de admirar fotografias e outros objetos, ele nos convida para uma reflexão profunda sobre a nossa própria identidade e história. Ao contemplarmos cada peça exposta, somos convidados a mergulhar no vasto e rico legado que moldou o nosso presente e que continuará a influenciar o nosso futuro. Heranças não é apenas uma exposição, é um elo entre gerações, uma ponte entre o passado e o presente, e uma janela aberta para o futuro."

Em seguida, a secretária de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, Danielle Barros, falou sobre a sua alegria de estar participando da inauguração e o seu compromisso com o Museu da Imagem e do Som - "De fato, é um equipamento muito querido do Estado do Rio de Janeiro. Eu espero que esta exposição possa trazer um impacto positivo para a vida de todos nós. Espero que todos nós que vamos subir essa escada para admirar o belíssimo trabalho dessa equipe, especialmente dessa curadoria, possa sair daqui tão motivado que possa dividir com outras pessoas, porque essa casa aqui é uma casa aberta às escolas públicas, às universidades, aos grupos que se organizam para visitar, não só a exposição mas também fazer uma visita aos espaços que a gente tem organizados, onde a gente faz a guarda dos nossos acervos. A gente tem aqui os representantes do Consulado Italiano, espero que vocês também se apropriem desse espaço. E que a gente possa, de fato, contar para muitos meninos e meninas a importância da gente olhar para o futuro mas não esquecer da onde a gente veio, do lugar que a gente veio, daquilo que as pessoas construíram para que nós pudéssemos chegar aqui."

O diretor do Instituto Italiano de Cultura, Marco Marica, que veio representando o cônsul geral, Massimiliano Iacchini, disse que estava muito honrado em participar da inauguração da exposição - "É um sentimento muito forte ver como os italianos junto com os brasileiros chegaram a criar uma forte unidade. Acho que os dois povos, italiano e brasileiro, tem muita coisa em comum, e uma das coisas mais fortes é a música. Que boa ideia celebrar a ítalo-brasilidade no Museu da Imagem e do Som. Também agradeço a presença da secretária de estado de cultura do Rio de Janeiro. Eu me sinto muito emocionado porque, penso que depois de 150 anos, ainda é muito forte o apego com as origens italianas. Então, celebrar a memória italiana é uma atividade muito nobre, por isso, obrigado de todo o coração, como italiano, como representante da Itália aqui no Rio de Janeiro".

O jornalista e escritor italiano Edoardo Pacelli, também foi convidado a falar - "Eu fiquei tão emocionado vendo como toda esta equipe do museu trabalhou desde janeiro. Foi para mim como abrir um portão que já estava aberto. E porque estou falando de emoção, da emoção do Cesar? Ele emocionado, como brasileiro, que sente as origens. E eu, emocionado, como italiano, que descobre o que o Brasil fez para a Itália".

O clima entre todos os presentes era de muita emoção! Emoção do compartilhamento de sentimentos, das memórias, das heranças que carregamos dos italianos na construção da nossa identidade brasileira. E fomos arrebatados também pela música do violinista Allyrio Mello, com um pout-pourri de músicas famosas italianas e brasileiras, canções que alegraram e deram um toque especial durante a abertura da exposição.

Uma outra coisa que chamou muito a atenção durante o evento, e não teve um convidado que não quisesse fotografar ao lado, foi o bolo especialmente criado pelo Cake Designer, Lucas Camilo. Uma verdadeira obra de arte da confeitaria carioca que retratou com primor e beleza a história que estava sendo contada na exposição!

O mezanino com as três bandeiras: Itália, Brasil e Estado do Rio de Janeiro, destacava o compromisso da exposição, retratar o legado italiano no Brasil a partir das heranças em acervo do MIS RJ. Desde a plotagem com o emblemático navio; o texto de apresentação; as fotos dos artistas; ao belíssimo instrumento Acordeon Hering (muito utilizado pelos imigrantes italianos em suas confraternizações); o passaporte original de um imigrante do século XIX; os relatos em vídeo dos servidores do museu, descendentes de italianos, contando as suas histórias; a medalha que o Maurício Quadrio (o primeiro diretor do museu) recebeu do Governo Italiano; o Cartão de Identificação do Sindicato dos Músicos do Estado do Rio de Janeiro (SindMusi) do cantor Vicente Celestino, e muitos outros itens, todo o material expositivo foi apreciado com interesse e entusiasmo pelos presentes.

Além dos convidados já citados, prestigiaram a inauguração da exposição: o assessor do Instituto Italiano de Cultura, Riccardo Scafati; o fotógrafo Ronaldo Câmara, acompanhado da sua esposa Silvinha; o fotógrafo Paulo Scheuenstuhl acompanhado da sua família; Patrícia de Almeida, presidente do Departamento de Biblioteca do Palácio Tiradentes (ALERJ); Miriam de Araújo Silva, da Secretaria de Educação; além de familiares do servidores do museu.

O objetivo da exposição "Heranças: 150 anos da imigração italiana no Brasil", que tem curadoria da museóloga Eliane Vilela e da historiadora Daiane Lopes, é homenagear e destacar as tantas figuras que fizeram e ainda fazem parte da arte brasileira e fluminense, e que possuem origem italiana. Vicente Celestino, primeiro cantor a gravar o Hino Nacional brasileiro; Radamés Gnattali, pianista, maestro e arranjador; Nara Leão, cantora, compositora e instrumentista; Sergio Endrigo, cantor e compositor que gravou a música “A Rosa” com Chico Buarque, são alguns destaques da música, assim como Jerry Adriani, Zizi Possi, Adelaide Chiozzo, Gastão Formenti, Carlos Galhardo, Lyrio Panicalli, Francisco Mignone e Marlene (Victória Bonaiutti de Martino). No universo das artes plásticas o homenageado é Cândido Portinari, pintor com mais de cinco mil obras que retratam o Brasil e o povo brasileiro. Há ainda Adolfo Celi (cinema), Luiz Carlos D’ugo Miele (ator, produtor e escritor), Marina Colasanti (jornalista, escritora, tradutora e artista plástica), Antonio Jannuzzi (projetista e construtor), e Sylvio Rebecchi e Guglielmo Olivetti (arquitetos).

A exposição "Heranças: 150 anos da imigração italiana no Brasil", ficará em cartaz durante um ano, na sede do MIS RJ, rua Visconde de Maranguape, 15, Lapa. Aberta ao público, gratuitamente, de segunda a sexta, das 10h às 17h. Cariocas, fluminenses, brasileiros, estrangeiros, todos estão convidados para essa jornada ítalo-brasileira, venham, tragam a família, estamos esperando vocês!

Publicado em 25/06/2024 por Márcia Benazzi, neta do imigrante italiano, Gaetano Benazzi.


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