NEY MATOGROSSO ENCERRA A EXPOSIÇÃO O SOM DA IMAGEM

  • 03/09/2021

NEY MATOGROSSO ENCERRA A EXPOSIÇÃO O SOM DA IMAGEM

As capas de disco não são meros recipientes. Nelas, encontramos diversos caminhos para a compreensão artística que vai além da música ou do registro sonoro encontrado em um lançamento fonográfico. Artes gráficas, pinturas, montagem ou fotos podem ampliar a compreensão de uma época estampada nos lançamentos musicais. São recursos que buscam sintetizar valores, demarcar estilos e comunicar com o público sentidos que vão além da escuta.

Para o presidente do MIS, Cesar Miranda Ribeiro, “a semana de comemorações pelo aniversário do MIS trouxe muitas preciosidades, que divulgamos para o público através da Rádio e mídias sociais, e uma delas foi a Exposição Virtual o Som da Imagem. Para fechar com chave de ouro, um artista completo, versátil, Ney Matogrosso, que encanta gerações desde a época dos “Secos e Molhados”, fenômeno musical da década de 70”.

Hoje (03/09), encerramos nossa mostra com uma das vozes mais importantes e marcantes de todos os tempos: Ney Matogrosso. O artista que acabou de completar 80 anos no mês de agosto e que tem uma carreira de sucesso será revisitado através de seu disco “Feitiço”.

"Não existe pecado do lado de baixo do Equador
Vamos fazer um pecado rasgado, suado, a todo vapor"

(Trecho da letra de “Não existe pecado ao Sul do Equador”)

O álbum originalmente lançado no ano de 1978, já no momento de carreira solo de Ney, trouxe à cena musical canções que entraram para a história da MPB. Faixas como “Não existe pecado ao Sul do Equador”, “O Tic-Tac do meu coração” e “Bandolero” são alguns desses muitos sucessos.

Ney Matogrosso sempre foi um artista múltiplo. Dono de uma das mais belas vozes da música brasileira, com presença de palco espetacular e performática, muitas das vezes marcada pela apresentação em figurinos lindamente trabalhados, conferem ao cantor o status de um dos maiores artistas de nossa música. Com canções e atitudes que defendem a liberdade de ser no mundo, seu disco de 1978, torna-se um dos mais belos exemplos dessa singular expressão artístico-musical.

O LP “Feitiço” traz na capa e no encarte essa atmosfera, constituída de liberdade, sensualidade e ousadia, tão característica de Ney Matogrosso e que é muito bem capturada pela fotógrafa Marisa Alvarez Lima. Separamos uma dessas fotografias de Ney feita por Marisa para o ensaio fotográfico do disco, cujo título “Feitiço” resume bem a união entre som e imagem da obra, haja vista serem as fotos também trabalhadas para enfeitiçar, tamanho o magnetismo na captura do olhar, como na capa, por exemplo, traduzindo assim o conteúdo das canções cujas letras aparecem na contracapa e registram por meio das palavras a liberdade, a sensualidade e a ousadia da obra.

Além das imagens do LP, de seu encarte e do ensaio fotográfico feito para o disco, separamos ainda uma outra foto, esta última do lançamento de “Feitiço”. Nela, Ney Matogrosso aparece em noite de autógrafos com uma pilha de discos ao lado, quem assina a autoria da foto é Maurício Valladares. Vale destacar que ambas as imagens fazem parte do acervo MIS (RJ) e são da coleção Nelson Motta.

Agora vamos escutar alguns desses muitos sucessos! E obrigada Ney por esse legado musical tão rico, importante e necessário!

Publicado em 03/09/21 por Daiane Lopes e Pedro Dias

Créditos:

Foto: Ney Matogrosso durante ensaio fotográfico para o LP “Feitiço”. Ano 1978. Foto Marisa Alvarez Lima. Coleção Nelson Motta. Acervo MIS.

Foto: Ney Matogrosso autografa LP “Feitiço”. Ano 1978. Foto Maurício Valladares. Coleção Nelson Motta. Acervo MIS.

Disco: Ney Matogrosso - LP “Feitiço”. Ano 1978. Coleção Hermínio Bello de Carvalho. Acervo MIS. 


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