F.MIS realiza inventário completo do acervo, que já soma quase 1 milhão de itens
- 03/11/2025
A Fundação Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro está realizando um inventário completo de seu acervo, que reúne quase 1 milhão de itens. A iniciativa, publicada no Diário Oficial em 23 de maio de 2025, tem como objetivo assegurar o conhecimento detalhado sobre todos os bens sob a guarda da instituição, permitindo identificar, localizar, avaliar o estado de conservação e o valor histórico e cultural de cada peça.
“O inventário é um marco para a gestão do patrimônio da F.MIS. Ele garante a segurança, a preservação e a difusão de um acervo que é referência nacional, e reafirma o compromisso da Fundação com a transparência e a valorização da memória cultural do país”, destaca o presidente do museu, Cesar Miranda Ribeiro.
O processo começou com a solicitação das planilhas existentes à área administrativa e financeira, que foram verificadas, organizadas por área e classificadas por coleção e códigos anteriores, facilitando a conferência dos itens. Em seguida, cada setor passou a realizar a checagem direta dos materiais, comparando as informações com o Banco de Dados Online da instituição. Atualmente, o levantamento está sendo feito em campo, e o número de itens inventariados é atualizado constantemente no site oficial da Fundação, disponível em: https://fmis.rj.gov.br/inventario2025/
Até o momento, 719.363 itens já foram inventariados, abrangendo diferentes setores da instituição. O levantamento contempla 2.400 itens no acervo Audiovisual, 26.870 na Biblioteca, 1.109 na coleção de Depoimentos, 106.444 no Iconográfico, 411.935 no Sonoro, 85.111 no setor de Partituras, 37.929 no Textual, 1.079 no Tridimensional, 16.392 na Memória MIS, 4.657 no setor de Cinema, 172 no Cineclube MIS RJ e 25.265 na recém-criada Fototeca Estadual.
Segundo o assessor da Presidência, Cicinio Maia, que integra a Comissão de Inventário, a experiência tem sido enriquecedora:
“Participar desse trabalho tem sido uma experiência muito significativa e um grande aprendizado. É um processo essencial para compreendermos melhor o acervo que temos sob nossa guarda e o valor histórico de cada item.”
Entre os principais objetivos do inventário estão, atualizar a base de dados do acervo, garantir maior controle e segurança do patrimônio, padronizar informações em um sistema acessível e fornecer subsídios para exposições, pesquisas e ações educativas.
A responsável pelos setores Textual, Tridimensional e de Partituras, Eliane Antunes, ressalta a importância técnica e simbólica da ação:
“O inventário museológico é um instrumento imprescindível para que se tenha um retrato fidedigno do acervo. No caso do setor Tridimensional, foi possível redimensionar espaços, rever acondicionamentos e redescobrir muitas de nossas pérolas, como os visores estereoscópicos portáteis, verdadeiros testemunhos da história da fotografia.”
Na Biblioteca Almirante e na Divisão de Cinema, o trabalho é conduzido por Eduarda Pôvoa, que também integra a Comissão de Inventário. Ela reforça a relevância da iniciativa para a organização e preservação do acervo:
“O inventário é essencial para garantir que o acervo continue organizado. Conseguimos identificar perdas, itens fora do lugar e coleções que ainda não estavam disponíveis para consulta. Além disso, foi uma oportunidade de conhecer mais a fundo as coleções e as preferências de personalidades como José Wilker e o Almirante, cujos acervos revelam muito da história da cultura brasileira.”
Com o avanço do trabalho, a F.MIS dá mais um passo fundamental para fortalecer sua política de preservação, acesso e difusão de um dos maiores acervos culturais do país, um patrimônio que reflete a história da imagem e do som no Brasil.
Publicado em 03/11/2025 por Marcelo Egypto







